terça-feira, 8 de março de 2022

08.03.22 - FALTAM 183 DIAS PARA O BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA

🇧🇷🎉 1️⃣8️⃣3️⃣ 🎉🇧🇷

💪🙋‍♀️ A participação das mulheres no processo de emancipação política do Brasil é bastante significativa, embora seja um fato histórico predominantemente de personagens masculinos, haja vista que a maioria dos seus atores serem ligados à Maçonaria, uma sociedade secreta da qual somente homens podiam participar. Cabe, porém, destacar o papel desempenhado por quatro mulheres: uma imperatriz, uma freira, uma camponesa e uma negra marisqueira; respectivamente, estamos falando de Maria Leopoldina, Joana Angélica, Maria Quitéria e Maria Felipa. As três últimas estão relacionadas com as guerras pela independência na Bahia, reduto dos portugueses, que empreenderam uma longo conflito iniciado em 19 de fevereiro de 1822 com a tomada de Salvador pelas tropas do general Inácio Luís Madeira de Melo  e cujo término se deu em 2 de julho de 1823, após intensas batalhas em Pirajá, Cabrito e Itaparica. Maria Quitéria e Maria Felipa tomaram à frente no combate com as tropas lusitanas, da qual lograram a vitória das forças baianenses. O soldado "Medeiros" como ficou conhecida Maria Quitéria de Jesus Medeiros teve que fugir de casa para se alistar no Batalhão dos Periquitos, vestida com trajes masculinos, tal qual Mulan, lenda chinesa popularizada no filme da Disney. Maria Felipa era negra, ex-excrava e marisqueira. Conseguiu impôr uma derrota aos portugueses que queriam tomar a ilha de Itaparica, fazendo uso até de urtigas para atacar os lusos. A valentia de Maria Quitéria, a rebeldia de Maria Felipa, junte-se à coragem de Joana Angélica, sóror do Convento da Lapa, que sozinha se colocou à frente de um batalhão de soldados portugueses que queriam invadir o convento, pagando com a própria vida pelo feito, assassinada à golpes de baioneta. Mulheres guerreiras, lutadoras incansáveis, donas de seu próprio destino, que ousaram lutar numa sociedade machista, que lhes ignorava os direitos mínimos, como por exemplo, de escolher seu cônjuge. Condição a qual, nem a mais abastada delas, escapou: o casamento de D. Pedro e Maria Leopoldina foi mais um das dezenas de matrimônios que selavam as alianças entre diferentes casas dinásticas. Culta e letrada, dona de grande sensibilidade artística e científica, coube à Leopoldina interceder para que D. Pedro rompesse de vez com Lisboa. Suas cartas chegaram num momento crucial do dia 7 de setembro de 1822. Mulheres que tiveram sua participação nos feitos da Independência. Seja lutando no front, ou negociando nos gabinetes, elas também tiveram seu papel na História da Independência do Brasil. 👏👏👏

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

⏳#muitahistoriapracontar⌛

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