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🤴⚜️ Já se passaram 13 anos que D. João VI e a corte portuguesa chegaram ao Brasil fugindo das tropas de Napoleão que invadiram Portugal em 1807. O tempo passou rápido para o então príncipe-regente. A presença de D. João no Brasil é fundamental para entender o processo que resultou na nossa Independência. Era a primeira vez que uma corte europeia se instalava numa colônia. E com a corte no Brasil, muita coisa mudou. D. João encontrou um país cujo monopólio comercial impedia que se comercializasse com outros povos. Quando saiu, deixou um país com portos abertos às nações amigas. Quando chegou ao Brasil em 1808, encontrou mais uma das inúmeras colônias portuguesas no além-mar. Quando saiu, deixou o país no mesmo patamar de Lisboa, com a elevação a Reino Unido em 1815. Por ele ficaria mais tempo na colônia, mas a Revolução Liberal do Porto em 1820 exigiu seu retorno à Portugal, que não estava mais sob domínio napoleônico, agora eram os britânicos que ditavam as regras, e isso enfureceu os portugueses que pleitearam a volta da família real e o juramento à uma nova Constituição, que limitasse os poderes dos Braganças. A vida pessoal de D. João também mudou no Brasil. Viu sua mãe, D. Maria I, morrer em 1816; o casamento que já não ia bem, piorou e muito, com muitas desavenças entre ele e Carlota Joaquina. A volta à Portugal seria apenas uma das muitas amarguras que o destino reservou ao jovem rei, agora coroado como D. João VI. Antes de ir embora, faltava aquela conversa sincera de pai e filho. D. João VI, como grande estrategista que era, sabia que a emancipação do Brasil seria inevitável, que o processo já havia começado, e bastava saber quem estaria na liderança dos fatos que estavam por vir. A orgulhosa casa de Bragança havia trazido para o Brasil o desenvolvimento nunca antes experimentado na colônia, mas agora cobrava seu preço no espólio das revoluções libertárias das colônias americanas. Era necessário "mudar para deixar do jeito que está". E a pessoa certa no lugar certo naquele momento histórico do país era seu próprio filho, ao qual caberia levar o país à Independência política sem perder os laços com Lisboa. Imagine a cena em que pai e filho se entreolham e dos lábios de D. João VI saem as seguintes palavras: "Filho, se o Brasil se separar, antes seja para ti, que me hás de respeitar; do que para algum desses aventureiros". Três dias depois, ele embarcava rumo à Europa, há exatos 201 anos, completados hoje, dia 26 de abril de 2022. Eles, João e Pedro, pai e filho, nunca mais se veriam. 😞😓😥😢😭
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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