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💪👊 O processo de emancipação política do Brasil tem particularidades que definitivamente a distinguem das demais independências de seus vizinhos americanos, como por exemplo, o fato de sermos a única monarquia das Américas que vingou no século XIX e de que um príncipe português, do mesmo país que nos dominava, ter sido colocado na liderança dos fatos que culminaram no 7 de setembro. Além disso, não existia uma coalização em torno do que seria a Independência do Brasil em termos de grupos ou partidos politicamente organizados. A própria menção de chamar estes grupos de partidos políticos é temerária, pois logo imaginamos agremiações organizadas com estatuto, chefes – os chamados caciques –, e é claro muitos eleitores a eles filiados. E nem de longe era isso o que existia. A começar que a participação nas decisões políticas era privilégio de poucos, geralmente dos mais ricos, dentre eles os donos de terras e de escravos, comerciantes bem sucedidos, e alguns que se sobressaíam da classe média. A maioria da população era escrava e analfabeta, logo, estava excluída do processo. Não havia entre os que defendiam a emancipação brasileira uma clareza em relação ao que defendiam para substituir o colonialismo português que já havia passado há mais de três séculos dominando hegemonicamente os destinos dos que viviam no Brasil, uma população tão heterogênea, quanto as ideias que defendiam. Cada grupo social tinha seus próprios interesses e demandas, e num momento de ruptura, como seria o fim do colonialismo, essas pautas iriam acabar explodindo em algum momento. Um exemplo disso é a questão da abolição da escravatura que ficava como um gargalo atravessado na garganta dos que se diziam liberais, mesmo aqueles que tinham ideias mais revolucionárias. Queriam mesmo eles uma mudança na estrutura social? Ou apenas mudar para deixar do jeito que está?🤔❓
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
⏳#muitahistoriapracontar⌛
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