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🙋♂️🙋🏽♀️ Quem esperava grandes mudanças no Brasil pós-Independência deve ter se frustrado muito na época. A começar porque não foi um projeto de emancipação que viesse da base da pirâmide social, formada em sua maioria por analfabetos e escravizados, e que portanto não contemplava estes segmentos na pauta de suas reivindicações e reestruturações. O melhor exemplo disso é como o Estado construído a partir da transição da colônia para Império toca na questão da abolição dos escravos. Mesmo com as exigências dos ingleses para o reconhecimento externo da Independência e defendido por José Bonifácio de Andrada e Silva, um dos principais articuladores junto a D. Pedro no processo ambulatório, o fim da escravidão foi adiado por anos, só concretizado oficialmente em 13 de maio de 1888 pela princesa Isabel de Orleans e Bragança, neta de D. Pedro. As mudanças sociais trazidas com a corte joanina no Brasil entre 1808 e 1821, na prática, beneficiaram apenas uma parcela ínfima da população, geralmente ligada às camadas médias urbanas da cosmopolita Rio de Janeiro do começo do século XIX. As disparidades regionais continuavam a ser o maior desafio para amalgamar o Estado-Nação que surgia sem que ele se fragmentasse em pequenas e independentes repúblicas seguindo o exemplo das ex-colônias da América Espanhola. 💥💣
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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