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📆⌛ Chegamos aos 90 dias na contagem regressiva para o 7 de setembro de 2022, quando celebraremos o Bicentenário da Independência do Brasil. Se pudéssemos voltar no tempo e parar em 1822, exatamente três meses antes do famoso grito às (quase) margens do Ipiranga viveríamos um período tenso e intenso, com enredos que fariam inveja a qualquer novela das nove. Nos próximos três meses D. Pedro conheceria o amor de sua vida, Domitila de Castro Canto e Melo, numa viagem a Santos, se sentiria sozinho e impotente diante das Cortes de Lisboa escrevendo ao pai para que agilizasse sua volta, mas em outras ocasiões ousa desafiar seus pares lusitanos decretando que quaisquer tropas portuguesas ou de outras nações que desembarcassem no Brasil sem sua autorização seriam tratadas como inimigas de guerra a partir do dia 1° de agosto. No dia seguinte, 2 de agosto, ele inicia sua jornada mística pelos mistérios da Maçonaria na Loja Comércio e Artes, incentivado por José Bonifácio de Andrada e Silva, que o recebe com o nome simbólico de Guatimozim. E finalmente no dia 13 de agosto (algumas fontes mencionam o dia 14), ele parte do Rio de Janeiro rumo a São Paulo numa viagem que ficaria marcada para sempre na História do Brasil. Lembrando a famosa citação de José Bonifácio: "o pomo está maduro colhe-o já senão apodrece", vemos que estava chegando a hora decisiva. Se se curvasse, voltaria para Lisboa como um "rapazinho mimado e desaventurado" que fracassou na regência ao qual fora destinado pelo próprio pai quando voltou para Portugal – "Pedro, se o Brasil se separar antes seja para ti que me hás de respeitar do que para algum desses aventureiros", frase dita por D. João VI ao seu filho dias antes da partida. Se permanecesse, deixaria de ser um príncipe-regente para ser mais um imperador na Casa dos Braganças, com um diferencial: teria pela frente um reino, mas faltava amalgar um povo como nação, e numa multifacetada colônia conciliar interesses tão controversos e diversos, como o liberalismo econômico e a manutenção do escravismo, a liberdade revolucionária iluminista e o absolutismo dos Braganças, uma América republicana e um único país monarquista. Óbvio que não faltariam intrigas palacianas, romances intensos, acordos pouco convencionais, e é claro grandes e épicas batalhas onde centenas derramariam seu sangue e doariam sua vida pela liberdade do Brasil. A Independência que não se fez apenas de um grito, mas de vidas cujas histórias vamos visitá-las nos próximos três meses, os últimos que faltam para completar a caminhada rumo aos 200 anos de emancipação política do Brasil.
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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