quarta-feira, 22 de junho de 2022

22.06.22 - FALTAM 77 DIAS PARA O BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA

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🤛 😠 🤜 Durou muito pouco a lua de mel do príncipe-regente D. Pedro com a Maçonaria. Seu temperamento intempestivo e o caráter autoritário, uma característica herdada da Casa dos Braganças, logo azedaram sua relação com seus pares maçônicos. Não é preciso ser um expert em ciência política para compreender que o espírito libertário da Maçonaria, que bebia na fonte da Revolução Francesa de 1789, com seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, não tinham nada a ver com a centralização do poder político ambicionada pelo pretendente a imperador do Brasil. Não era segredo de ninguém que D. Pedro admirava e se inspirava em nada menos do que Napoleão Bonaparte! Isso mesmo: o general francês que colocou sua família para correr de Lisboa em 1807, mas que acalentava na cabeça do príncipe-regente a ideia de formar um império nos trópicos, no outro lado do Atlântico – um dos trunfos de D. Pedro I foi conseguir que o país não se desfragmentasse após a emancipação em 1822. A falta de habilidade política do imperador colocou ele em rota de colisão com seus antigos aliados e em 21 de outubro de 1822 D. Pedro determinou a interrupção das atividades maçônicas no Brasil, apenas 17 dias após se tornar Grão-Mestre. A medida durou alguns dias (foi revogada no dia 25 do mesmo mês) mas foi o suficiente para arranhar a imagem e o prestígio do imperador dentro da sociedade secreta. O embate continuou, mas dessa vez nas dependências da Assembleia Constituinte de 1823, onde a maioria egressa da Maçonaria tentou, sem sucesso, emplacar um projeto constitucional que limitasse os poderes de Sua Majestade, o Imperador. Num ato de força, D. Pedro I dissolveu a Constituinte em 12 de novembro de 1823 (a famosa "noite da agonia) e impôs sua própria Constituição em 25 de março de 1825. O estrago estava feito e nada mais ajustava o confrade Guatimozim, como ele era chamado entre os maçons, com seus antigos apoiadores. Acuado pela oposição e sem apoio popular, D. Pedro I abdicou do trono em 7 de abril de 1831. Não faltam indícios de que os próprios maçons que o haviam ajudado na articulação pela Independência, também puxaram seu tapete em 1831. Coincidentemente, os dois nomes que ocuparam os cargos durante as regências unas de 1835 e 1837, eram... maçons! Estamos falando do padre Diogo Antônio Feijó e do pernambucano Pedro de Araújo Lima. O Grande Oriente do Brasil, que se considerava sucessor do Grande Oriente Brasílico (ou Brasiliano) de 1822 foi reinstalado em 23 de novembro de 1831. A Maçonaria continuará exercendo sua importância no cenário político durante todo o Segundo Reinado (1841-1889) e também durante a chamada República Velha (1889-1930). 💪🏛️

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

🖼️ A imagem escolhida para retratar o post foi a do trono maçônico usado por D. Pedro I, atualmente guardado no Museu do Palácio Maçônico do Lavradio, no Rio de Janeiro.

⏳#muitahistoriapracontar⌛

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