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💣💥 Os primeiros meses de 1824 foram bem tensos em Pernambuco, pois D. Pedro I queria a todo custo garantir a posse de Francisco Pais Barreto, e mandou as fragatas Niterói e Piranga sob o comando do capitão-de-mar-e-guerra John Taylor, mercenário inglês contratado pelo governo imperial, para Recife. A cidade foi sitiada e ameaçada de bombardeio, mas ainda assim a oligarquia pernambucana não cedeu aos desejos de sua Majestade, que radicalizou e nomeou em 20 de maio de 1824 José Carlos Mayrink da Silva Ferrão para presidente da província, o que feria a autonomia provincial acordada desde 1821 na Convenção de Beberibe. No dia 11 de junho de 1824, D. Pedro I alertou que Portugal estava preparando uma grande invasão ao Brasil para anular a Independência e determina que as tropas brasileiras se concentrem no Rio de Janeiro. Cada província que se virasse com sua própria defesa. Para piorar ainda mais a situação pairava a suspeita de que D. Pedro I estaria negociando a entrega para Portugal das províncias do norte-nordeste em troca do reconhecimento da Independência das províncias mais ao sul. A sensação de abandono por parte do imperador inflamou ainda mais a revolta dos pernambucanos, que liderados por Manoel de Carvalho Paes de Andrade proclamaram em 2 de julho de 1824 uma república federativa chamada Confederação do Equador, inspirada na experiência federativa dos Estados Unidos e das ex-colônias espanholas. O movimento contou com a adesão das seguintes províncias: Paraíba, Ceará, e Rio Grande do Norte. A Constituição de 1824 foi suspensa e enquanto uma nova não era elaborada foi adotada provisoriamente a Constituição da Colômbia. Para organizar o Estado que surgia convocou-se uma Assembleia, que elaborou um projeto constitucional que priorizava o Poder Legislativo. O tráfico negreiro foi suspenso no porto do Recife. A viajante inglesa Maria Graham relata em suas memórias que o ambiente na província pernambucana, guardadas as proporções, era semelhante ao que se sentia na França no tempo da Revolução Francesa: "muitos olhos espreitavam e muitos ouvidos permaneciam atentos, pelos cantos, sempre à espera de armadilhas e traições". A Confederação do Equador, no entanto, padecia do mesmo calcanhar de Aquiles de sua antecessora, a Revolução de 1817: à medida que se tomavam posições mais populares e favoráveis aos pretos, mulatos e escravos, mais os senhores de engenho deixavam de apoia-la, fragilizando o movimento. 😞😓😔
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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