domingo, 24 de julho de 2022

24.07.22 - FALTAM 45 DIAS PARA O BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA

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📖🧐 O dramaturgo alemão Bertold Brecht dizia que "infeliz do povo que precisa de heróis", mas eles estão em toda parte, da mitologia às histórias em quadrinhos, nas produções artísticas (quadros, bustos, estátuas, murais, poemas, etc.) aos livros de História. Sabemos que a História não é resultado da ação exclusiva de indivíduos – o que invalida aquelas velhas e surradas frases tipo "fulano fez isso" ou "cicrano fez aquilo" –, mas de uma sucessão de fatos, que vão se moldando e formando uma conjuntura ou contexto sobre o qual as mudanças acontecem e o processo histórico tem sua continuidade. As emancipações políticas americanas estão repletas de personagens que foram alçados à categoria de heróis, sejam nos Estados Unidos (a primeira colônia a se emancipar em 1776), seja no Brasil (lembrando que José Bonifácio de Andrada e Silva é considerado o patriarca da Independência e D. Pedro I, o príncipe que com um grito libertou um país), sejam nas ex-colônias da América Espanhola, onde o exemplo mais visível dessa mitificação em torno de um herói esteja presente na figura de Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar y Palacios, mais conhecido como Bolívar, cujo nascimento compelta hoje 239 anos. Ele sonhou com uma América unificada e fortalecida. Seus sonhos resultaram na emancipação de vários países: Bolívia, Colômbia, Equador, Panamá, Peru e Venezuela. Não por acaso passou para a História com o título de "El Libertador". O ideal de Bolívar esbarrou no caudilhismo, prática de poder muito comum na colonização hispânica, onde cada líder local tinha seus interesses próprios e se recusavam a participarem do projeto bolivariano. Após ser derrotado em suas aspirações, ele abandonou a luta política em 1830. Bolívar deixou um legado político em vários países latino-americanos, alguns dos quais o tornaram objeto de veneração nacionalista. Recebeu homenagens em várias partes do mundo por meio de estátuas ou monumentos, parques e praças. Seu papel militar e político contribuiu decisivamente para a independência de várias colônias espanholas americanas. Assim, recebeu o título honorário de El Libertador, promulgado pelo Cabildo de Mérida, na Venezuela, que depois de ratificado em Caracas, ficou para sempre associado ao seu nome. Bolívar inspirou importantes lideranças latino-americanas como Hugo Chávez, Nicolas Maduro, Rafael Correa, Evo Morales, e Daniel Ortega. A defesa de uma América autônoma com avanços nas pautas sociais, como saúde, educação e moradia, é uma das premissas do chamado Bolivarismo, uma reeleitura dos ideais de Bolívar adaptados para a conjuntura latino-americana do século XXI. Simón Bolívar morreu em Santa Marta, na Colômbia, em 17 dezembro de 1830, vitimado pela tuberculose. 😓🖤

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

⏳#muitahistoriapracontar⌛

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