quarta-feira, 27 de julho de 2022

27.07.22 - FALTAM 42 DIAS PARA O BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA

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⚜️⚔️ A Independência do Brasil não foi decidida às (quase) margens do riacho Ipiranga, nem nas lojas maçônicas cariocas, muito menos nos gabinetes imperiais da Corte no Rio de Janeiro. Quem realmente definiu o processo emancipatório brasileiro, cujo ápice é atribuído ao grito do sete de setembro dado por D. Pedro, foram os baianos, que durante mais de um ano lutaram intensamente contra as tropas portuguesas aquarteladas na ex-capital brasileira comandadas pelo Brigadeiro Inácio Luís Madeira de Melo. Foi nos campos baianos, em batalhas memoráveis como Paraguaçu, Itaparica e Pirajá que se consolidou a Independência do Brasil. Nessas lutas se destacou o soldado Medeiros, que na verdade era Maria Quitéria de Jesus Medeiros, cujo nascimento completa hoje, 27 de julho, seus 230 anos. Natural de Feira de Santana, Maria Quitéria teve que fugir de casa para se alistar no batalhão dos Batalhão de Voluntários do Príncipe sob o comando do major José Antônio da Silva Castro – o batalhão ficou conhecido como Batalhão dos Periquitos e o seu comandante de Periquitão. Quitéria era hábil na artilharia e ocupava sempre as primeiras posições nos movimentos das tropas. Seu disfarce foi descoberto e ela incorporada ao Exército brasileiro, contrariando quem desejava que ela fosse presa e condenada por falsear sua identidade numa tropa em guerra. Com bravura e coragem, Maria Quitéria enfrentou os portugueses na decisiva Batalha de Pirajá (8 de novembro de 1822) e esteve a frente das tropas baianas, quando na manhã de 2 de julho de 1823 entraram triunfantes em Salvador após a capitulação das forças portuguesas de Madeira de Melo. Ela recebeu do próprio imperador a ordem do Cruzeiro do Sul, a mais alta condecoração imperial e foi promovida ao posto de Alferes com um soldo vitalício. Ao retornar para a Bahia, levava também uma carta escrita de punho por D. Pedro I pedindo ao seu pai que a perdoasse de ter fugido de casa para lutar na guerra. A heroína da Guerra pela Independência na Bahia terminou seus dias cega e no anonimato. Seus feitos até hoje são lembrados e seu nome foi inscrito no  Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, e incorporado à religiosidade de matriz afro-brasileira. O Exército brasileiro a homenageia como Patrono do Quadro Complementar de Oficiais. 👩🔰

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

⏳#muitahistoriapracontar⌛

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