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📖✍️ E assim chegamos ao fim de uma jornada – que começou em 19 de fevereiro de 2022. Foram 200 dias de estudo, leitura e muito aprendizado. A ideia nasceu ainda em 2021, quando me propôs a fazer uma contagem regressiva para o dia 7 de setembro de 2022, quando completaríamos o Bicentenário da Independência do Brasil, ou melhor, os 200 anos do processo de emancipação política brasileira – expressão mais adequada. Mas eu não queria uma mera contagem cronológica, queria algo que fosse além dos frios números. Da concepção do projeto à pesquisa do material a ser utilizado, passando por todas as etapas, fosse a concepção de cada card-art até a finalização do texto que acompanha cada postagem, foram horas, senão dias, de árduo e exaustivo trabalho. O mais fascinante foi que muitos dos fatos retratados completaram 200 anos este ano: o Dia do Fico (9 de janeiro), o assassinato de Joana Angélica na Bahia (19 de fevereiro), o título de Defensor Perpétuo do Brasil para D. Pedro (13 de maio), a Bernarda de Francisco Inácio (23 de maio), a sedição da Vila de Cachoeira no Recôncavo Baiano (25 de junho), a entrada de D. Pedro na Maçonaria (2 de agosto), a chegada do brigue Três Corações com as determinações das Cortes exigindo a volta imediata de D. Pedro (28 de agosto), a reunião do Conselho de Ministros com Maria Leopoldina como regente (2 de setembro), etc. Tivemos a oportunidade de lidar com documentos escritos a exatos 200 anos e tirá-los do limbo do esquecimento, colocando-os nas principais redes sociais para que as pessoas pudessem conhecê-los, como por exemplo, uma carta escrita por D. Pedro para seu pai, D. João VI, datada de 26 de julho de 1822 (que completou também 100 anos). Fomos em busca de personagens esquecidos nas narrativas da emanciapação política do Brasil: padre Belchior Pinheiro de Oliveira, alferes Francisco de Castro Canto e Melo (irmão da Marquesa de Santos, a principal amante do imperador), e o coronel Manuel Marcondes de Oliveira Melo, a negra marisqueira Maria Felipa, o corneteiro Lopes, etc...; e tentamos dar a eles o seu merecido e devido lugar na construção do processo que culminou com o rompimento entre Brasil e Portugal. Muitas das histórias que são esquecidas, abafadas, ou quando não excluídas mesmo da saga pela Independência do Brasil foram revisitadas com o olhar atento do historiador e contadas para o leitor do século XXI, como por exemplo a Batalha de Jenipapo (13 de março de 1823) e o massacre de 256 prisioneiros do capitão inglês John Pascoe Greenfell no Brigue São José Diligente, rebatizado como Brigue Palhaço em Belém no Grão-Pará (20 de outubro de 1823). Tudo cuidadosamente pesquisado e escrito para ficar registrado para a posteridade. Foi uma experiência que levarei para toda a minha trajetória acadêmica e profissional. Aos que leram, compartilharam, divulgaram e curtiram as postagens minha eterna graditão. Espero que futuramente estas postagens possam ajudar aos estudantes, professores, e demais amantes da ciência histórica a se debruçar sobre este importante fato histórico que é a Independência do Brasil. Que os próximos 200 anos sejam mais fecundos e mais prósperos do que os que nos legaram de 1822 até aqui. Este trabalho é dedicado a todos vocês que me acompanham com o meu projeto Muita História pra Contar e que me incentivam diariamente a continuar levando as pessoas conhecimento e informação através das principais redes sociais. ⏳📱📲⌛
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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