terça-feira, 6 de setembro de 2022

06.09.22 - FALTA 1 DIA PARA O BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA

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📖✍️ E assim chegamos ao fim de uma jornada – que começou em 19 de fevereiro de 2022. Foram 200 dias de estudo, leitura e muito aprendizado. A ideia nasceu ainda em 2021, quando me propôs a fazer uma contagem regressiva para o dia 7 de setembro de 2022, quando completaríamos o Bicentenário da Independência do Brasil, ou melhor, os 200 anos do processo de emancipação política brasileira – expressão mais adequada. Mas eu não queria uma mera contagem cronológica, queria algo que fosse além dos frios números. Da concepção do projeto à pesquisa do material a ser utilizado, passando por todas as etapas, fosse a concepção de cada card-art até a finalização do texto que acompanha cada postagem, foram horas, senão dias, de árduo e exaustivo trabalho. O mais fascinante foi que muitos dos fatos retratados completaram 200 anos este ano: o Dia do Fico (9 de janeiro), o assassinato de Joana Angélica na Bahia (19 de fevereiro), o título de Defensor Perpétuo do Brasil para D. Pedro (13 de maio), a Bernarda de Francisco Inácio (23 de maio), a sedição da Vila de Cachoeira no Recôncavo Baiano (25 de junho), a entrada de D. Pedro na Maçonaria (2 de agosto), a chegada do brigue Três Corações com as determinações das Cortes exigindo a volta imediata de D. Pedro (28 de agosto), a reunião do Conselho de Ministros com Maria Leopoldina como regente (2 de setembro), etc. Tivemos a oportunidade de lidar com documentos escritos a exatos 200 anos e tirá-los do limbo do esquecimento, colocando-os nas principais redes sociais para que as pessoas pudessem conhecê-los, como por exemplo, uma carta escrita por D. Pedro para seu pai, D. João VI, datada de 26 de julho de 1822 (que completou também 100 anos). Fomos em busca de personagens esquecidos nas narrativas da emanciapação política do Brasil: padre Belchior Pinheiro de Oliveira, alferes Francisco de Castro Canto e Melo (irmão da Marquesa de Santos, a principal amante do imperador), e o coronel Manuel Marcondes de Oliveira Melo, a negra marisqueira Maria Felipa, o corneteiro Lopes, etc...; e tentamos dar a eles o seu merecido e devido lugar na construção do processo que culminou com o rompimento entre Brasil e Portugal. Muitas das histórias que são esquecidas, abafadas, ou quando não excluídas mesmo da saga pela Independência do Brasil foram revisitadas com o olhar atento do historiador e contadas para o leitor do século XXI, como por exemplo a Batalha de Jenipapo (13 de março de 1823) e o massacre de 256 prisioneiros do capitão inglês John Pascoe Greenfell no Brigue São José Diligente, rebatizado como Brigue Palhaço em Belém no Grão-Pará (20 de outubro de 1823). Tudo cuidadosamente pesquisado e escrito para ficar registrado para a posteridade. Foi uma experiência que levarei para toda a minha trajetória acadêmica e profissional. Aos que leram, compartilharam, divulgaram e curtiram as postagens minha eterna graditão. Espero que futuramente estas postagens possam ajudar aos estudantes, professores, e demais amantes da ciência histórica a se debruçar sobre este importante fato histórico que é a Independência do Brasil. Que os próximos 200 anos sejam mais fecundos e mais prósperos do que os que nos legaram de 1822 até aqui. Este trabalho é dedicado a todos vocês que me acompanham com o meu projeto Muita História pra Contar e que me incentivam diariamente a continuar levando as pessoas conhecimento e informação através das principais redes sociais. ⏳📱📲⌛

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

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segunda-feira, 5 de setembro de 2022

05.09.22 - FALTAM 2 DIAS PARA O BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA

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⛰️🤴 Há apenas dois dias para o 7 de setembro de 1822, D. Pedro partia de São Paulo para Santos, descendo a Serra do Mar (exatamente a 200 anos completados hoje) para inspecionar as fortalezas e visitar pessoas da família de José Bonifácio. Ele não sabia, mas não voltaria ao Rio de Janeiro, sede da corte no Brasil, sem mudar os destinos de uma nação. Foi após retornar de Santos, em meio a estradas íngremes e pedregosas, transponíveis preferencialmente a lombo de mulas, que ele, numa tarde de setembro, proclamou aos ventos, sem documentos escritos, acordos diplomáticos ou tratados internacionais que o Brasil não mais se curvaria a Portugal! Decisão difícil para o momento, mas crucial diante dos fatos que se desenrolavam aqui e no outro lado do Atlântico, nas Cortes de Lisboa. Se por um lado, a elite local temia uma revolta popular, leia-se, da população escravizada (como ocorreu no Haiti), por outro havia sentimentos separatistas entre as províncias podiam transformar o Brasil que conhecemos numa colcha multifacetada de pequenas repúblicas. Aquele era um momento de escolhas. Caminhos que se cruzavam tal qual aquela trilha que ligava São Paulo a Santos. A separação política era inevitável diante dos fatos. A questão era como ela se daria. Quantos teriam que morrer por isso e qual preço se pagaria economicamente e politicamente. O momento do famoso brado estava cada vez mais próximo. O príncipe-regente D. Pedro era a pessoa que alinhava os interesses da oligarquia escravista, ruralista e latifundiária, que queria "mudar para deixar como está". Os anos posteriores ensinariam o quanto custou para o futuro uma Independência feita de cima para baixo, que não contemplou escravos, indígenas, mulheres e demais grupos excluídos e esquecidos pelas elites. 😕😟

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domingo, 4 de setembro de 2022

04.09.22 - FALTAM 3 DIAS PARA O BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA

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🧐❓ Afinal, quem foram as pessoas que acompanhavam o Príncipe Regente, fazendo parte da comitiva, e foram testemunhas da proclamação da Independência do Brasil? Conseguimos resgatar, através de algumas pesquisas, os nomes das pessoas que estiveram naquela histórica tarde de 7 de setembro de 1822, quando às (quase) margens do riacho Ipiranga, o príncipe-regente D. Pedro anunciou oficialmente a separação política entre o Brasil e Portugal.

🛡️ Luiz de Saldanha da Gama, veador (fidalgo) da princesa Real, nomeado interinamente ministro e secretário de Estado especial, para acompanhar o príncipe Regente, assistir ao despacho e expedir as respectivas ordens.

GUARDA DE HONRA

🔰 1º comandante, coronel Antônio Leite Pereira da Gama Lobo (de São Paulo);
🔰 2º comandante interino, capitão-mor Manuel Marcondes de Oliveira e Mello, depois barão de Pindamonhangaba (da mesma cidade);
🔰 Sargento-mor Domingos Marcondes de Andrade (de Pindamonhangaba);
🔰 Tenente Francisco Bueno Garcia Leme (da mesma cidade);
🔰 Miguel de Godói e Moreira e Costa (da mesma cidade);
🔰 Adriano Gomes Vieira de Almeida (da mesma cidade);
🔰 Manuel Ribeira do Amaral (da mesma cidade);
🔰 Benedito Corrêa Salgado (da mesma cidade);
🔰 Francisco Xavier de Almeida (de Taubaté);
🔰 Vicente da Costa Braga (da mesma cidade);
🔰 Fernando Gomes Nogueira (da mesma cidade);
🔰 João José Lopes (da mesma cidade);
🔰 Rodrigo Gomes Vieira (da mesma cidade);
🔰 Bento Vieira de Moura (da mesma cidade);
🔰 Flávio Antônio de Melo (de Paraibuna);
🔰 Salvador Leite Ferraz (de Mogi das Cruzes);
🔰 José Monteiro dos Santos (Guaratinguetá);
🔰 Custódio Leme Barbosa (da mesma cidade);
🔰 Sargento-mor João Ferreira de Sousa (de Areias);
🔰 Cassiano Gomes Nogueira (São João Marcos cidade do Rio de Janeiro);
🔰 Floriano de Sá Rios (da mesma cidade);
🔰 Joaquim José de Sousa Breves (da mesma cidade);
🔰 Antonio Pereira Leite (de Resende)
🔰 Sargento-mor Antonio Ramos Cordeiro, veio acompanhando o correio-real;
🔰 José da Rocha Corrêa (da mesma cidade);
🔰 David Gomes Cardim (da mesma cidade);
🔰 Eleutério Velho Bezerra (do Rio de Janeiro);
🔰 Antônio Luís da Cunha (da mesma cidade);

OFICIAIS E CRIADOS DA CASA REAL

⚜️ Guarda-roupa Joaquim Maria da Gama Freitas Berquó, depois Marques de Cantagalo;
⚜️ Criado particular João Carlota;
⚜️ Criado particular João Carvalho;
⚜️ Criado particular Francisco Gomes da Silva, o Chalaça;

PESSOAS PARTICULARES

👊 Brigadeiro Manuel Rodrigues Jordão (de São Paulo);
👊 Padre Belchior Pinheiro de Oliveira (de Minas Gerais);

EMPREGADO PÚBLICO

📜 Paulo Bregaro, oficial do Supremo Tribunal Militar, na condição de correio-real.

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sábado, 3 de setembro de 2022

03.09.22 - FALTAM 4 DIAS PARA O BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA

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📖🧐 Podemos distinguir dois momentos bem distintos no dia 7 de setembro de 1822, quando o príncipe-regente D. Pedro proclamou a Independência do Brasil em relação a Portugal, uma declamação feita oralmente, às quase margens do riacho do Ipiranga, em São Paulo, quando este voltava de uma viagem à cidade de Santos. A primeira "independência" saiu quando ele recebeu as cartas vindas do Rio de Janeiro, trazidas por Paulo Bregaro e o major Antônio Ramos Cordeiro, escritas por Leopoldina, Bonifácio e Chamberlain. Estavam junto com o príncipe nesta ocasião: Francisco Gomes da Silva (o Chalaça), padre Belchior Pinheiro de Oliveira, Joaquim Maria da Gama Freitas Berquó (futuro marquês de Cantagalo), João de Carlota e João de Carvalho. Após a "proclamação" para este restrito grupo, D. Pedro se dirigiu ao encontro de sua guarda de honra, um grupo que se formara na viagem entre o Rio de Janeiro e a cidade de Santos. O coronel Manuel Marcondes de Oliveira Melo recebera ordens do príncipe para se adiantar e aguardava, com os guardas, 400 metros adiante, perto de uma venda. O grupo montou guarda no local no que é hoje a Casa do Grito – a atual Casa do Grito foi seguidamente restaurada para se parecer com a pintura de Pedro Américo, não com sua arquitetura original. A pequena comitiva de D. Pedro cavalgou até lá, alertando um sentinela. Segundo Manuel Marcondes de Oliveira e Melo "imediatamente mandei formar a guarda para receber D. Pedro (...), mas tão apressado vinha o príncipe que chegou antes que alguns soldados tivessem tempo de alcançar as selas". O "segundo brado do Ipiranga" se deu nesse momento, e foi dele que se inspirou Pedro Américo para compor sua mais famosa tela: "O Grito do Ipiranga", que redimensiou (e muito) alguns elementos da cena original. Enquanto que no quadro se contam 31 Dragões da Independência, a comitiva original não passava de dez pessoas (e olha que eles nem estavam garbosamente vestidos como se mostra na pintura), o que sugure que este segundo momento do grito foi mais modesto, menos solene do que na pintura oficial e marcado pela improvisação. Não há relatos da presença de populares na proclamação: o povo ficou de fora do Grito da Independência. Após discursar para seus soldados, o príncipe-regente tirou de suas roupas as insígnias portuguesas, e terminou sua fala com a seguinte frase: "será nossa divisa, de ora em diante, independência ou morte" (segundo Manuel Marcondes). Eram quatro e meia da tarde do dia 7 de setembro de 1822. Oficialmente, estava declarada a emancipação política do Brasil em relação a Portugal. 💪🤴⚜️

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sexta-feira, 2 de setembro de 2022

02.09.22 - FALTAM 5 DIAS PARA O BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA

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🏛️📜 Num dia como hoje, 2 de setembro, há exatos 200 anos, aconteceu a reunião mais importante que antecedeu ao grito do Ipiranga, a reunião do Conselho de Estado, presidida por Carolina Josefa Leopoldina Fernanda Francisca de Habsburgo-Lorena, D. Maria Leopoldina, esposa de D. Pedro, que estava como princesa-regente, uma vez que D. Pedro se encontrava ausente em viagem à província de São Paulo. A reunião foi registrada em ata pelo jornalista Joaquim Gonçalves Ledo. Nesse encontro, Maria Leopoldina, José Bonifácio de Andrada e Silva e os demais ministros deliberaram pela emancipação política do Brasil. É conveniente salientar que a imperatriz jamais assinou qualquer "declaração de independência", que aliás nunca existiu; tampouco foi ela a responsável pela ruptura final entre Brasil e Portugal. Infelizmente, esta é uma desinformação que vem sendo veiculada e disseminada até por pessoas do meio acadêmico. Nenhuma fonte histórica e nenhuma das pesquisas realizadas por historiadores e historiadoras atestam que Leopoldina tenha assinado este decreto. Ao que tudo indica, esse documento não existe nos arquivos. O que existe é uma ata da reunião do Conselho de Ministros no dia 2 de setembro de 1822, testemunhos recolhidos por cronistas e cartas que nos oferecem indícios sobre os acontecimentos de 1822. Mas nada relativo a um decreto assinado pela então princesa. O que saiu mesmo dessa reunião foram as duas cartas escritas por Leopoldina e Bonifácio, endereçadas a D. Pedro, e ambas incentivaram ele a fazer a imediata separação entre o Brasil e Portugal, a partir dos decretos vindos das Cortes de Lisboa, que tinham chegado ao Rio de Janeiro em 28 de agosto de 1822, trazidos no brigue Três Corações, os quais foram as determinações mais incisivas e restritas aos poderes de D. Pedro, enquanto príncipe-regente no Brasil. Não desmerecendo o papel de Maria Leopoldina no processo emancipatório, mas disseminar uma fake news, sem nenhuma comprovação histórica, nem mesmo referendada por autores e escritores especializados na biografia dela, como o paulista Paulo Rezutti (Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo) e o historiador Carlos Oberacker Jr. (que escreveu uma das biografias mais documentadas sobre Leopoldina) não ajudam no debate histórico com honestidade intelectual e fidelidade aos registros e escritos que servem como fontes históricas deste fato. Leopoldina foi importante? Sem dúvidas, mas disso para dizer que ela assinou a Independência, e que foi preterida, colocada em segundo plano, nos livros, aulas e registros pelo fato de ser mulher, vai uma longa distância, que não condiz com que de fato aconteceu. 🤨😒

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quinta-feira, 1 de setembro de 2022

01.09.22 - FALTAM 6 DIAS PARA O BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA

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⏳📚⌛ Nem todas as histórias vão parar nos livros, muito menos ensinadas nas escolas. Algumas porque não passaram pelo crivo acadêmico ou porque não tem documentação suficiente para sustentá-las ou abalizá-las. Outras porque muitas vezes o mito criado em torno do fato se torna mais palatável para as massas e de fácil assimilação. A Independência do Brasil é um fato histórico carregado de mitos. Tomou-se D. Pedro, como o heroi solitário que desafiou Lisboa e com uma espada mágica e algumas palavras mágicas – "Independência ou Morte – salvou o Brasil dos portugueses malvadões, tal qual um filme hollyoodiano. A própria imagem construída em torno dele no quadro de Pedro Américo (O Grito do Ipiranga) demonstra isso. Mas o que poucos sabem é que este foi o segundo momento daquele 7 de setembro de 1822. A maioria dos historiadores concordam que não houve apenas um grito do Ipiranga, mas dois "gritos de independência", sendo o primeiro mais intimista e com poucos presentes, e o segundo com mais testemunhas e o que acabou sendo retratado no famoso quadro. Sobre o primeiro grito, detalhou o padre Belchior, integrante da comitiva, que ao ler as cartas e proclamar a independência, D. Pedro estava sujo por causa da viagem, e seu "brado heroico", como diz o Hino Nacional, foi para uma plateia bem pequena e sem a pomba retratada por Pedro Américo. "D. Pedro, tremendo de raiva, arrancou de minhas mãos os papéis e, amarrotando-os, pisou-os e deixou-os na relva. Eu os apanhei e guardei", segundo relatos do padre; que continuou colocando como fala de D. Pedro: "As cortes me perseguem, chamam-me de rapazinho e de brasileiro. Pois verão agora quanto vale esse rapazinho e de brasileiro. Pois verão o quanto vale esse rapazinho. De hoje em diante estão quebradas as nossas relações. Nada mais quero com o governo português e o proclamo o Brasil, para sempre, separado de Portugal", escreveu e proclamou o Brasil, para sempre, separado de Portugal". Este foi o primeiro momento em que D. Pedro proclamou a Independência. Não seria, porém, a única vez que o príncipe-regente se manifestaria a favor da emancipação política naquela distante tarde de 7 de setembro de 1822, cujo bicentenário está a apenas seis dias, menos de uma semana. 📆🎉

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quarta-feira, 31 de agosto de 2022

31.08.22 - FALTAM 7 DIAS PARA O BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA

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🐴🏞️ Quem viaja atualmente pela Baixada Santista se depara com placas nas rodovias avisando que não se deve consumir da água dos riachos e rios da redondeza. Se voltassemos no tempo, mais precisamente para a manhã do dia 7 de setembro de 1822, se essas placas existissem teriam poupado D. Pedro, então príncipe-regente, de alguns infortúnios estomacais... Alguns citam que ele teria comido algo que não lhes fez bem. Ressalto que isso não deve ser considerado como um motivo de chacota ou desdém para com o personagem em questão. Após seis horas subindo a Serra do Mar, rumo à cidade de Santos, numa tropa de mulas (não de galantes cavalos como sugere o quadro de Pedro Américo), a comitiva de D. Pedro chega finalmente ao planalto, no atual bairro paulistano do Ipiranga. Quem os encontra é o alferes Francisco de Castro Canto e Melo, irmão da futura Marquesa de Santos, que teria sido enviado à frente para checar como estava a capital paulista e qual seria a situação que D. Pedro lá encotraria, amistosa ou não, ao chegar. A situação, no entanto, não estava favorável ao príncipe-regente. Após a chegada de Francisco de Castro, dois emissários enviados do Rio de Janeiro, Paulo Bregaro e o major Antônio Ramos Cordeiro, alcançaram a comitiva real, com três cartas, uma de José Bonifácio de Andrada e Silva – o patriarca da Independência –, outra de Maria Leopoldina – sua esposa –, e uma terceira de Henry Chamberlain – embaixador inglês no Brasil. A missão teve ares épicos, afinal, foram aproximadamente 500 quilômetros percorridos em apenas 5 dias, o que confirmou a recomendação de Bonifácio aos emissários: "Se não arrebentar uma dúzia de cavalos no caminho, nunca mais será correio. Veja o que faz!" A urgência em chegar aquelas cartas eram mais do que justas. Nelas, se comunicavam que as Cortes de Lisboa anulavam todos os atos e decisões de D. Pedro na regência, além de destituí-lo dessa posição. Foi a mais dura mensagem recebida por D. Pedro no processo emancipatório. José Bonifácio alertava que Portugal embarcara mais de 7 mil soldados com a missão de esmagar os partidários da independência. Já Maria Leopoldina recomendava prudência e pedia que ele seguisse os conselhos de Bonifácio, que considerava duas opções para D. Pedro: voltar para Portugal e se submeter ao julgamento das Cortes ou proclamar a independência do Brasil "fazendo-se seu imperador ou rei". Como dizia Júlio César, imperador romano, "a sorte está lançada". 🎲👑

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06.09.22 - FALTA 1 DIA PARA O BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA

🇧🇷🎉 0️⃣0️⃣1️⃣ 🎉🇧🇷 📖✍️ E assim chegamos ao fim de uma jornada – que começou em 19 de fevereiro de 2022. Foram 200 dias de estudo, leit...