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⛰️🤴 Há apenas dois dias para o 7 de setembro de 1822, D. Pedro partia de São Paulo para Santos, descendo a Serra do Mar (exatamente a 200 anos completados hoje) para inspecionar as fortalezas e visitar pessoas da família de José Bonifácio. Ele não sabia, mas não voltaria ao Rio de Janeiro, sede da corte no Brasil, sem mudar os destinos de uma nação. Foi após retornar de Santos, em meio a estradas íngremes e pedregosas, transponíveis preferencialmente a lombo de mulas, que ele, numa tarde de setembro, proclamou aos ventos, sem documentos escritos, acordos diplomáticos ou tratados internacionais que o Brasil não mais se curvaria a Portugal! Decisão difícil para o momento, mas crucial diante dos fatos que se desenrolavam aqui e no outro lado do Atlântico, nas Cortes de Lisboa. Se por um lado, a elite local temia uma revolta popular, leia-se, da população escravizada (como ocorreu no Haiti), por outro havia sentimentos separatistas entre as províncias podiam transformar o Brasil que conhecemos numa colcha multifacetada de pequenas repúblicas. Aquele era um momento de escolhas. Caminhos que se cruzavam tal qual aquela trilha que ligava São Paulo a Santos. A separação política era inevitável diante dos fatos. A questão era como ela se daria. Quantos teriam que morrer por isso e qual preço se pagaria economicamente e politicamente. O momento do famoso brado estava cada vez mais próximo. O príncipe-regente D. Pedro era a pessoa que alinhava os interesses da oligarquia escravista, ruralista e latifundiária, que queria "mudar para deixar como está". Os anos posteriores ensinariam o quanto custou para o futuro uma Independência feita de cima para baixo, que não contemplou escravos, indígenas, mulheres e demais grupos excluídos e esquecidos pelas elites. 😕😟
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
⏳#muitahistoriapracontar⌛
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