sábado, 16 de julho de 2022

16.07.22 - FALTAM 53 DIAS PARA O BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA

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👦🍺 Era uma vez um garoto pobre, filho de um tanoeiro, que vendia canecas nas ruas do Recife. Seu nome era Joaquim. O menino pobre queria ser padre, mas sem posses, isso era bastante difícil no Brasil do final do século XVIII. Os carmelitas, que coincidentemente hoje celebram sua padroeira, Nossa Senhora do Carmo, adotaram e patrocinaram a formação eclesiástica do então jovem Joaquim. O rapaz surpreendia pela inteligência e sagacidade e logo conseguiu concluir seus estudos e se formar sacerdote. Joaquim do Amor Divino Rabelo incluiu a palavra "caneca" em seu nome (lembrança dos tempos de pobreza) e virou FREI CANECA. Egresso do Seminário de Olinda e iniciado na Maçonaria na Loja Academia de Suassuna, Frei Caneca virou professor, escritor, jornalista e revolucionário. Esteve entre os revolucionários de 1817, mas acabou sendo preso na Bahia. Ao ser libertado, em 1821, um ano antes da Independência do Brasil, recomeçou a lutar pela independência republicana. Fundou um jornal, o Typhis Pernambucano, no qual publicava artigos em que criticava a dissolução da Assembleia Constituinte por D. Pedro I, em 1823, e a imposição da Constituição de 1824. Quando Manoel de Carvalho Pais de Andrade proclamou Confederação do Equador em 2 de julho de 1824 Frei Caneca aderiu ao movimento e se colocou como um de seus mais ardorosos defensores. Mesmo após a capitulação (rendição) em 17 de setembro de 1824, Frei Caneca liderou um Exército de resistência chamado Divisão Constitucional da Confederação do Equador. Após dois meses de lutas e escaramuças pelo interior nordestino, com seus 3000 soldados, Frei Caneca acabou entregando-se aos seus algozes em 29 de novembro na Fazenda do Juiz, de propriedade dos beneditinos. A comissão militar presidida por Francisco de Lima e Silva iniciou seus trabalhos em 20 de dezembro, e três dias depois sentenciava Frei Caneca à morte por enforcamento. A pena foi cumprida em 13 de janeiro de 1825, mas teve que ser comutada às presas, porque três carrascos se recusaram a matar o frei. Caneca acabou sendo arcabuezado (erroneamente se diz fuzilado) aos pés da força ao lado do Forte das Cinco Pontas no Recife. Seu corpo foi sepultado nas dependências da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em local até hoje desconhecido. Sua frase ainda hoje ecoa entre os libertários pernambucanos: "quem bebe de minha caneca, sente fome de liberdade". 📝💪👊

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

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