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📖🧐 Podemos distinguir dois momentos bem distintos no dia 7 de setembro de 1822, quando o príncipe-regente D. Pedro proclamou a Independência do Brasil em relação a Portugal, uma declamação feita oralmente, às quase margens do riacho do Ipiranga, em São Paulo, quando este voltava de uma viagem à cidade de Santos. A primeira "independência" saiu quando ele recebeu as cartas vindas do Rio de Janeiro, trazidas por Paulo Bregaro e o major Antônio Ramos Cordeiro, escritas por Leopoldina, Bonifácio e Chamberlain. Estavam junto com o príncipe nesta ocasião: Francisco Gomes da Silva (o Chalaça), padre Belchior Pinheiro de Oliveira, Joaquim Maria da Gama Freitas Berquó (futuro marquês de Cantagalo), João de Carlota e João de Carvalho. Após a "proclamação" para este restrito grupo, D. Pedro se dirigiu ao encontro de sua guarda de honra, um grupo que se formara na viagem entre o Rio de Janeiro e a cidade de Santos. O coronel Manuel Marcondes de Oliveira Melo recebera ordens do príncipe para se adiantar e aguardava, com os guardas, 400 metros adiante, perto de uma venda. O grupo montou guarda no local no que é hoje a Casa do Grito – a atual Casa do Grito foi seguidamente restaurada para se parecer com a pintura de Pedro Américo, não com sua arquitetura original. A pequena comitiva de D. Pedro cavalgou até lá, alertando um sentinela. Segundo Manuel Marcondes de Oliveira e Melo "imediatamente mandei formar a guarda para receber D. Pedro (...), mas tão apressado vinha o príncipe que chegou antes que alguns soldados tivessem tempo de alcançar as selas". O "segundo brado do Ipiranga" se deu nesse momento, e foi dele que se inspirou Pedro Américo para compor sua mais famosa tela: "O Grito do Ipiranga", que redimensiou (e muito) alguns elementos da cena original. Enquanto que no quadro se contam 31 Dragões da Independência, a comitiva original não passava de dez pessoas (e olha que eles nem estavam garbosamente vestidos como se mostra na pintura), o que sugure que este segundo momento do grito foi mais modesto, menos solene do que na pintura oficial e marcado pela improvisação. Não há relatos da presença de populares na proclamação: o povo ficou de fora do Grito da Independência. Após discursar para seus soldados, o príncipe-regente tirou de suas roupas as insígnias portuguesas, e terminou sua fala com a seguinte frase: "será nossa divisa, de ora em diante, independência ou morte" (segundo Manuel Marcondes). Eram quatro e meia da tarde do dia 7 de setembro de 1822. Oficialmente, estava declarada a emancipação política do Brasil em relação a Portugal. 💪🤴⚜️
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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