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💣💥 Revanchismo, expansionismo e colaboracionismo são as três palavras que podem resumir a política externa adotada por D. João em relação à França, Espanha e Inglaterra, respectivamente, após instalar a corte portuguesa no Brasil em 1808. As questões de limites brasileiros já haviam sido discutidas e definidas em acordos internacionais anteriores como os tratados de Madri (1750), de Santo Ildefonso (1777), de Utrecht (1713), o que não impediu D. João de querer expandir as fronteiras da colônia. Em 1º de maio de 1808, já instalada no Brasil a sede do Reino, que pretendia ser "um império poderoso, cheio de prestígio e que garantisse a segurança de seus súditos," D. João declarou guerra a Napoleão e aos franceses e considerou nulos os tratados assinados anteriormente com aquele país. Com o objetivo de ampliar seu Império na América, eliminar a ameaça francesa e, ao mesmo tempo, vingar-se da invasão napoleônica em Portugal, D. João resolveu ocupar a Guiana Francesa, incorporando-a aos seus domínios. Para tanto, enviou uma força militar com o objetivo de restabelecer os limites entre o Brasil e a Guiana. Recebendo reforço naval da Inglaterra, as forças portuguesas partiram para o ataque e, em janeiro de 1809, tomaram posse da Colônia em nome de D. João. A permanência portuguesa em Caiena foi breve, pois o principal objetivo da invasão era usar a cidade em negociações com os franceses como moeda de troca por Olivença – que até hoje é motivo de litígio entre Espanha e Portugal, por ela estar sob território espanhol. Em 1815, com a derrota de Napoleão, a posse da Colônia voltou a ser reivindicada pelo Governo francês, agora sob o domínio de Luís XVIII. Como os termos da proposta francesa não foram aceitos por D. João, a questão passou a ser discutida pelo Congresso de Viena, no mesmo ano. Nessas conversações a França concordou em recuar os limites de sua Colônia até a divisa proposta pelo Governo português. Entretanto, somente em 1817 os portugueses deixaram Caiena, com a assinatura de um convênio entre a França e o novo Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Vieram da Guiana Francesa, duas espécies vegetais que tiveram relevância na composição da economia brasileira a partir do século XIX: a cana caiena, que se adaptou às regiões açucareiras substituindo com sucesso as variedades tradicionais por ser mais doce; e as primeiras mudas de café, trazidas pelo sargento-mor Francisco de Mello Palheta (após seduzir a esposa do governador de Caiena) e que logo se expandiram pelo Brasil se fixando principalmente no oeste paulista, região onde predomina a chamada "terra roxa". Vale salientar que o café passou a ser o principal produto de exportação brasileira no período imperial e em boa parte do período republicano também. 🎋☕😋
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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