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🧐❓Entre continuidades e rupturas viviam os protagonistas do processo de emancipação política brasileira no início do século XIX, pois entre eles não havia uma unanimidade em relação à forma de governo que deveria ser adotada quando a colônia finalmente se separasse da metrópole. A única coisa que os alinhava era o medo de uma revolta escrava nos moldes do Haiti, daí o nome haitianismo quando se tratava de mencionar os perigos de uma rebelião escrava que pudesse colocar em cheque a estrutura social vigente. O chamado liberalismo europeu exportado para o Brasil em meados do século XVIII esbarrava justamente nessas contradições. Dentre os liberais, havia um grupo que defendia a continuidade do príncipe-regente D. Pedro no poder, com sua liderança no processo de Independência. Entretanto, não era nenhuma novidade para eles o gostinho pelo absolutismo dos membros da Casa de Bragança, das quais D. Pedro era um dos membros. A solução encontrada seria a elaboração de uma Constituição, redigida com representantes da sociedade brasileira (exceto os escravos, obviamente), reunidos em Assembleia Constituinte, com cláusulas que limitassem o poder real, colocando-o sob tutela do parlamento (nome dado ao conjunto de senadores e deputados na época). O plano dos constitucionalistas, gestado nas lojas maçônicas – é impossível falar de Independência do Brasil sem citar a Maçonaria – tinha apoio das oligarquias rurais, donas de terras e escravos. Para eles era uma forma segura de fazer uma transição de colônia para Império sem provocar grandes, para não dizer nenhuma, mudança social. A frente deste grupo estava José Bonifácio de Andrada e Silva, homem letrado, de grande saber e com ideias visionárias para a época (ele já defendia a abolição muito antes disso virar modinha nos salões de leitura cariocas). José Bonifácio e seus irmãos, Antônio Carlos e Martins Francisco, foram lideranças importantes na Assembleia Constituinte de 1823, cujos trabalhos foram interrompidos na madrugada de 12 de novembro de 1823, quando o próprio D. Pedro I, já como Imperador, mandou dissolver – um eufemismo para fechar, encerrar, acabar – a reunião dos constituintes. Um ano depois (1824) ele mesmo outorgaria sua própria Constituição! José Clemente Pereira, que entregou a D. Pedro o abaixo-assinado no chamado dia do fico (9 de janeiro de 1822) também era constitucionalista. ⚖️📜
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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