segunda-feira, 29 de agosto de 2022

29.08.22 - FALTAM 9 DIAS PARA O BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA

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⚜️🤴 A presença de D. Pedro na província de São Paulo naquele distante agosto de 1822 serviu para conciliar as oligarquias locais sobre os rumos tomados pela política brasileira desde que se desenhava a ideia de um rompimento definitivo com Lisboa. As coisas na província não andavam nada boas desde a Bernarda de Francisco Inácio (23 de maio de 1822) quando opositores dos irmãos Andrada se rebelaram contra a elevação de Martim Francisco a presidente da Junta Governativa. No dia 29 de agosto de 1822, completando hoje, portanto 100 anos, D. Pedro presidiu a escolha do novo governo provisório, e adivinhem quem ganhou o pleito? Ninguém mais do que João Carlos Augusto de Oeynhausen, afilhado de D. Maria I e ex-capitão general do Ceará, Mato Grosso e São Paulo, e desafeto de... José Bonifácio! D. Pedro respeitou a decisão dos paulistas, mesmo a contragosto, e ainda por cima concederia posteiormente o título de Barão de Aracati a Oeynhausen. Ainda nesse dia 29 de agosto, D. Pedro conheceria aquela que seria a causa da sua "mais séria e escandalosa de suas aventuras de amor", nas palavras do historiador Tarquínio de Sousa. Foi o seu primeiro encontro com Domitila de Castro Canto e Melo, futura Marquesa de Santos, a amante mais famosa da história imperial brasileira. Domitila teria sido apresentada ao príncipe-regente pelo seu irmão, o alferes Francisco de Castro Canto e Melo, ajudante de ordens de D. Pedro que acompanhava a comitiva em sua viagem do Rio de Janeiro para Santos. Ela se tornou a mulher mais influente na corte brasileira, chegando a ofuscar o papel que deveria ter sido de Maria Leopoldina no primeiro reinado. D. Pedro e Domitilia, ou melhor, Demonão e Titília – como eles mesmo se autodenominavam – ficaram juntos até 1829, escandalizando a corte e arranhando a imagem do imperador junto à população. E finalmente, ainda nesta data, em 1825, portanto há 187 anos, Portugal reconhecia a emancipação política do Brasil, através do Tratado de Paz e Aliança, assinado no Rio de Janeiro, mediado pela Inglaterra. O tratado reconhecia o Brasil como um império separado dos reinos de Portugal e do Algarve, e D. João VI "concedia" a D. Pedro I, o título de "Imperador", de transmissão hereditária. Outra claúsula estabelecia que o Brasil deveria pagar uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas, e que em termos práticos, só poderiam ser constraídas por meio de empréstimos ingleses. Assim, o recém-nascido império brasileiro já começava economicamente dependente do capitalismo inglês. 💸💰

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

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