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😵🖤 Dentro das comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil, um fato chama a atenção: o translado do coração de D. Pedro I da cidade do Porto para o Brasil, onde deverá ser exposto e possivelmente ovacionado pelas autoridades num afã de dar às comemorações ares de um suposto patriotismo, que pode culminar num espetáculo de idolatria mórbida e necrófila. A peça anatômica do imperador deverá retornar para sua cidade de origem, num trajeto repleto de circunstâncias que podem ser danosas para uma relíquia (se é que possamos chamar assim) de Repetindo a mesma farsa pantomímica de 1972, quando Emílio Garrastazu Médici mandou trazer os restos mortais de D. Pedro I e de suas duas esposas para as comemorações dos 150 anos da Independência, o atual governo investe numa narrativa histórica positivista de enaltecer personagens históricos alçando-os ao panteão de heróis, como se a História fosse feita por indivíduos e não pela ação coletiva das pessoas em sociedade. A apropriação de uma narrativa histórica para satisfazer aos que estão no poder tem sido uma estratégia muito usada atualmente para justificar um pretenso patriotismo alienado e desprovido de uma reflexão à luz das ciências humanas e sociais sobre os sentidos e significados da emancipação política brasileira. A efeméride dos 200 anos da Independência é uma oportunidade ímpar para refletir sobre estas questões do que fomos nesses dois séculos e do que queremos vir a ser nos próximos 200 anos! 📖🧐
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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