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📜🧐 O reconhecimento interno da separação política do Brasil em relação a Portugal no Grão-Pará merece um capítulo à parte quando vamos contar como se deu o processo de emancipação política. O Grão-Pará foi a última província a reconhecer a Independência do Brasil, e o fez em 15 de agosto de 1823, após as ameaças de bombardeio da esquadra naval imperial sob o comando do capitão inglês John Pascoe Greenfell, e conflitos internos locais. As províncias do Norte, formadas pelo Maranhão, Piauí e pelo Grão-Pará, estavam mais ligadas a Portugal do que às províncias do Sul. Assim, quando foi proclamada a Independência, preferiram se manter fiéis a Lisboa. No seu período áureo, a província do Grão-Pará sua abrangia os atuais Estados do Maranhão, Piauí, Pará, Amazonas, Amapá e Roraima. Na província do Grão-Pará, mesmo antes da Independência já havia lutas entre a população e a junta governativa. O ano de 1823 marcou o auge dos conflitos. A verdade é que a província do Grão-Pará sempre se mostrou um como um território à parte da colônia brasileira. E nisso pesou também fatores geográficos, pois por ser mais ao norte do país, era muito mais fácil para os paraenses se reportarem diretamente à Lisboa, se valendo das correntes marítimas, do que para o Rio de Janeiro, então capital brasileira. Para se ter uma ideia, as notícias vindas de Portugal chegavam primeiro em Belém, maior cidade do Grão-Pará, do que no Rio de Janeiro. Não é de se estranhar que foi o Grão-Pará a primeira província brasileira a aderir à causa da Revolução Liberal do Porto de 1820, inclusive com a eleição precipitada de dois representantes para as Cortes de Lisboa: o militar Domingos Simões da Cunha e o estudante Felipe Alberto Patroni, que é considerado o primeiro constitucionalista do Brasil. Patroni foi um dos primeiros paraenses a defenderem abertamente a separação do Brasil de Portugal, e junto com Simões da Cunha e outro sócio eles compraram uma tipografia em Lisboa e conseguiram mandar para Belém, passando a publicar o primeiro jornal na província: "O Paraense", que já começou provocando polêmica pois no primeiro número, publicado em 22 de maio de 1822, defendeu a separação do Grão-Pará em relação a Portugal e a junção do Grão-Pará com a província do Rio Negro (já se separado do Grão-Pará em 1821). Além de criticar duramente o comandante de armas da província: José Maria de Moura. Com tudo isso, as tensões na província do Grão-Pará tenderiam apenas a crescer e explodiriam com força em 1823, um ano após a proclamação da Independência em São Paulo, por D. Pedro. 😠⚔️💣
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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