sexta-feira, 19 de agosto de 2022

19.09.22 - FALTAM 19 DIAS PARA O BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA

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📖🕯️ Uma das testemunhas oculares dos acontecimentos do grito da Independência foi o sacerdote mineiro Padre Belchior Pinheiro de Oliveira. Belchior era sobrinho de José Bonifácio e coincidentemente tinha a mesma idade de D. Pedro em 1822 (23 anos). Seu relato é o mais minuncioso dentre os deixados pelos que estiveram com D. Pedro no dia da Independência, e dele se tiram informações como o uso de mulas (e não de cavalos como os pintados por Pedro Américo no quadro "Grito do Ipiranga") e dos problemas intestinais do príncipe-regente provocados, provavelmente, pela ingestão de água contaminada dos rios que cortam a Serra do Mar próximo à cidade de Santos, algo bem comum entre os viajantes e tropeiros na época – infelizmente alguns pseudohistoriadores transformaram isso em objeto de chacota e chanchada barata. Alguns afirmam que mesmo com a riqueza de detalhes, o depoimento do Padre Belchior deve ser lido com ressalvas, pois há quem defenda que o religioso teria reescrito o roteiro de forma a valorizar sua própria participação na cena (o que não anula sua importância enquanto documento histórico, mas deixa claro que o mesmo contém inconsistências que devem ser pontuadas). Seu relato, como testemunha ocular dos fatos no 7 de setembro de 1822, ainda hoje instigam debates entre os historiadores, alguns creditando o que está escrito, e outros, duvidando da autenticidade do que ficou registrado. Padre Belchior foi eleito em 1823 para participar da elaboração da primeira Constituição brasileira, que deveria ser elaborada numa Assembleia Constituinte. As tentativas de limitar os poderes do imperador culminaram com a intervenção de D. Pedro I que mandou dissolver (fechar) a Assembleia Constituinte em 12 de novembro de 1823, episódio que entrou para a História como a "Noite da Agonia". O Padre Belchior, juntamente com José Bonifácio, Martim Francisco e outros, foram presos e deportados para a França. Seis anos ele permaneceu no exílio, até 1829. Retornando, reassumiu seu cargo de pároco em Pitangui, cidade mineira. Padre Belchior dá seu nome a uma das ruas de Belo Horizonte, e faleceu em 12 de junho de 1856. Sua condição de maçon impediu seu sepultamento no interior da Matriz de Pitangui, sendo colocado seus restos mortais entre as escadarias do adro e as da Matriz. O pesquisador e presidente do Instituto Histórico de Pitangui (IHP), José Raimundo Machado, discorda dessa versão e sustenta que o corpo de Belchior foi sepultado dentro da antiga matriz de Pitangui, que foi totalmente destruída por um incêndio em 28 de janeiro de 1914; e que depois disso, os restos mortais foram levados para a escadaria frontal da nova igreja matriz. O sobrado onde o padre viveu está sendo restaurado e deverá abrigar a sede da prefeitura de Pitangui. 🙋‍♂️🏛️

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

⏳#muitahistoriapracontar⌛

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