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🕵️🔍 Nossa busca pelos relatos das testemunhas oculares do grito às (quase) margens do Ipiranga continua e chegamos ao segundo personagem encontrado nesta pesquisa. Já citamos em postagens anteriores o padre Belchior Pinheiro de Oliveira (vale lembrar que todas as postagens podem ser lidas no blog Contagem Regressiva para o Bicentenário, cujo link se encontra abaixo), agora vamos falar do alferes Francisco de Castro Canto e Melo, irmão da mais tarde, marquesa de Santos, e ajudante de ordens de D. Pedro durante a sua viagem a São Paulo e Santos. De tenente a major, encontramos divergências quanto à sua patente militar, segundo os escritos consultados para esta contagem. Francisco de Castro fez sua a descrição da viagem do príncipe do Rio de Janeiro a São Paulo primeiro impressa no Jornal do Commercio do Rio de Janeiro em 1865 e depois transcrita pelo Dr. Mello Moraes em sua História do Brasil Reino e Brasil Império (t. I, p. 381 s.) e que também se acha na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (t. 41, 1878, parte 2, p. 333-353) como apêndice nº 9 à obra de Oligário Herculano de Aquino e Castro, aí, sob o título "Memória sôbre a declaração da independência, escrita pelo major Francisco de Castro Canto e Mello". É este o relato mais citado pelos historiadores apesar de constituir, a descrição mais fraca quanto aos próprios sucessos no campo do Ipiranga; as falhas deste relato não são de estranhar, pois foi escrito somente em fins de 1864, isto é, 42 anos após os acontecimentos. Francisco de Castro confirma o célebre desabafo, quando o príncipe teria explodido (citado também pelo padre Belchior): "É tempo! Independência ou morte. Estamos separados de Portugal". Relevante é que a descrição do alferes aconteceu ainda mais tarde que a do padre, num momento em que a cena já era indiscutivelmente um símbolo épico gravado no imaginário coletivo. Convém lembrar que foi Francisco quem apresentou para D. Pedro a irmã Domitila de Castro Canto e Melo, por quem D. Pedro se apaixonaria e viveria um tórrido e lascivo relacionamento adúltero que chocou a sociedade da corte na época, dando a ela inclusive o título de Marquesa de Santos – cidade natal de José Bonifácio de Andrada e Silva, amigo pessoal de Maria Leopoldina, esposa de D. Pedro, e inimigo declarado de Domitila, o que faz crer que D. Pedro fez isso para irritar ainda mais o patriarca da Independência. 😠😤
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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