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🧐💰 Quando os comerciantes da cidade do Porto, localizada no norte de Portugal, liderados por Gomes Freire de Andrade, articulados pelo Sinédrio – que era praticamente uma Loja Maçônica – conseguiram tomar o poder em Lisboa, o que talvez eles não imaginassem era que isso iria diretamente influenciar na emancipação política do Brasil em 7 de setembro de 1822. A Revolução Liberal do Porto, que hoje, dia 24 de agosto de 2022, completa seus 202 anos, foi um movimento constitucionalista português provocado pela crise política, econômica e militar após as três invasões napoleônicas que Portugal sofreu em 1807, 1809 e 1810. Após a derrota de Napoleão Bonaparte em Waterloo (18 de junho de 1815) e a consequente reorganização geopolítica das monarquias europeias no Congresso de Viena (1814-1815), os portugueses passaram a questionar a presença britânica em Portugal, que na prática, era quem mandava lá, enquanto a família real portuguesa estava aqui no Brasil, desde a fuga em 27 de novembro de 1807. A situação ficou insustentável para os comerciantes portugueses, que perderam a exclusividade do comércio marítimo com a colônia brasileira após a Abertura dos Portos de 28 de janeiro de 1808, e ainda mais complicada para o exército português, que se via preterido nas promoções militares para seus pares ingleses. É dentro desse contexto de insatisfação que explode a Revolução Liberal do Porto, cujas pautas basicamente eram duas: a volta imediata de D. João VI para Lisboa, sob pena de perder o trono português; e que ele assinasse uma Constituição limitando seus poderes, o que seria o fim do absolutismo dos Braganças. Diante do impasse, não restou para D. João VI outra saída que não fosse ceder aos seus compatriotas lusitanos, e retornar para a Europa em 25 de abril de 1821, não sem antes aconselhar seu filho D. Pedro de Alcântara Bragança e Bourdon, que ficaria no Brasil, na condição de príncipe-regente, sobre os destinos que aguardavam a ex-colônia, agora Reino Unido a Portugal e Algarves desde 16 de dezembro de 1815. Nunca saberemos se houve ou não este diálogo, mas o que se conta é que ambos tiveram uma conversa de pai para filho, e que nesta, que seria a última vez que ambos puderam se falar mais familiarmente, D. João VI teria dito "Pedro, se o Brasil se separar, antes seja para ti, que me hás de respeitar, do que para algum desses aventureiros". Estava muito claro que D. João VI previa que logo o Brasil se tornaria independente de Portugal. A questão era quem estaria a frente desse processo que ele mesmo havia começado em 1808 quando decidiu transferir a corte para o Brasil fugindo de Napoleão. Seria um processo feito de baixo para cima, com a participação popular; ou de cima para baixo, capitaneado pelas oligarquias agrárias? Em 1930 (no contexto da Revolução de 1930) o presidente do Estado de Minas Gerais, cargo que corresponde ao atual governador de Estado, Antônio Ribeiro de Andrada (coincidentemente um descendente de José Bonifácio), teria dito "façamos a revolução antes que o povo a faça". A mesma frase reescrita, no contexto da Independência do Brasil assim ficaria: "façamos a Independência, antes que os negros escravos e o povão a façam". 😳😏😠
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
👉 Para saber mais sobre a Revolução Liberal do Porto:
💻 Assista 🎬 https://youtu.be/WKoJXF7W9Wc
💻 Acesse 🖱️ https://jrscommuitahistoriapracontar.blogspot.com/2021/08/hoje-na-historia-240821-201-anos-da.html
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